Cinquenta comerciantes e proprietários de negócios, localizados na avenida Bernardo Sayão, entre a rua Fernando Guilhon e a travessa Quintino Bocaiúva, participaram de uma reunião promovida pela Prefeitura de Belém, na noite desta quinta-feira, 19 de outubro, para esclarecimentos sobre o remanejamento dos negócios daquele trecho para a urbanização e a duplicação daquela via. A reunião aconteceu no estacionamento da Unidade Coordenadora do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (UCP/Promaben), responsável pela obra.
O objetivo era tirar as dúvidas dos comerciantes sobre como será realizado todo o processo de reassentamento deles. O sociólogo do consórcio TPF/Synergia, que presta serviço para o Promaben, Helber Borges, deu os esclarecimentos iniciais sobre o encontro.
A subcoordenadora Social do Promaben, Regina Penna, apresentou a dinâmica da reunião. “As situações se apresentam de forma diferente por isso a análise cautelosa é necessária.”, explica a subcoordenadora. Ela esclareceu ainda que, segundo Plano Específico de Reassentamento (PER), as soluções podem ser desde receber uma unidade comercial que está sendo construída dentro do Conjunto Habitacional I da Condor, ou os vários modelos de indenizações como a de Lucro Cessante, o Fundo de Comércio ou o Pacote de Reposição.
“Depois dessa reunião, o próximo passo é a coleta de documentos, e depois disso tudo será analisado pelas equipes sociais, pelo jurídico e só depois será apresentado ao comerciante uma solução dentro daquelas que o PER já propõe”, afirmou Regina Penna. “Mas é importantíssimo frisar que cada caso é um caso e que eles precisam apresentar todos os documentos comprobatórios da atividade desenvolvida”, completou.
Os comerciantes ainda continuam na expectativa do que será apresentado nas situações específicas. A dona de uma assistência técnica, Beatriz Viana, de 27 anos, aponta que é só depois da avaliação que será possível ter uma visão melhor sobre o que está sendo proposto. “Nós ainda estamos muito inseguros sobre o que será proposto como solução. Porque não sabemos se seremos encaminhados para uma área valorizada, a gente espera ir para um lugar seguro e que tenha oportunidade de ter um lugar para trabalhar”, aponta Beatriz.
O sentimento é compartilhado por Miguel Arcângelo, dono de panificadora e mercadinho, na avenida Bernardo Sayão, “Apesar da tentativa da Prefeitura de deixar tudo bem esclarecido, nós ainda estamos na pendência de saber o que vai realmente sair e se a proposta de solução para nós vai nos atender”, afirmou o comerciante.
“É para tranquilizar os moradores e alinhar todos os pontos que a próxima chamada será para realizar um atendimento individualizado”, acrescenta Regina Pena.
Ao todo, 318 imóveis devem sair da avenida Bernardo Sayão, entre a rua Fernando Guilhon e travessa Quintino Bocaiúva. As negociações estão previstas para 180 imóveis mistos, residenciais e comerciais, e 49 que são apenas comércios.