A Prefeitura de Belém iniciou nesta terça-feira, 18 de abril, a produção de imagens aerofotogramétricas da Bernardo Sayão para atualizar, diminuir os custos e encurtar o prazo de execução do projeto de duplicação da Avenida, no trecho entre a Rua dos Mundurucus e Alcindo Cacela.
A primeira fase da duplicação, que vai da Mundurucus até a Avenida Fernando Guilhon, já está em licitação. A Prefeitura já iniciou também o processo de remanejamento das famílias afetadas pela obra que será executada pelo Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (Promaben).
Com as imagens produzidas a partir de um drone com a técnica da fotogrametria será possível medir nas três dimensões e dar forma espacial a todas as feições contidas no terreno para a elaboração de um mapa em escala real considerando todas as informações importantes e atualizadas da área fotografada. Dessa forma, é possível identificar todos os elementos do terreno, diferentes alturas, obstáculos naturais, edificações etc.
“A gente tem o intuito de encurtar o prazo de execução e enxugar também o orçamento da duplicação da Bernardo Sayão”, explica o assessor superior do Promaben engenheiro sanitarista Gabriel Colares. Para isso, a Prefeitura está buscando meios de evitar afetações e remanejar menos gente. “Então a gente está avaliando como encurtar a duplicação da Bernardo Sayão, tornar ela mais estreita e delimitar traçados para evitar afetações em pontos estratégicos”.
A concepção inicial da duplicação da avenida afetaria grandes centros comerciais e até o condomínio Aluísio Chaves que fica na Bernardo Sayão. A prefeitura agora, por meio do Promaben, está traçando estratégias para evitar essas afetações maiores.
“Tem alguns pontos em que a gente está pensando em não seguir o alinhamento do canteiro central e usar rotatórias para mudar o direcionamento da Bernardo Sayão para evitar afetações dos dois lados da pista”, afirma Gabriel. Isso também vai evitar muitas afetações parciais e permitirá a Prefeitura trabalhar só com afetações totais.
Com o uso da aerofotogrametria também será possível, por exemplo, explica o assessor, identificar os pontos onde existe uma grande carga de água de macrodrenagem e em que ponto tem uma carga menor, onde poderia ser feita não uma macrodrenagem (um canal), mas só uma micro drenagem (galerias) o que possibilitaria diminuir a largura do canteiro central e a largura da própria Bernardo Sayão, diminuindo os custos do projeto.
A produção das imagens por drone será encerrada nesta quarta-feira. Ela está sendo feita por um técnico da empresa TPF que veio de Recife para realizar o levantamento aerofotogramétrico.
Aerofotogrametria
A aerofotogrametria é uma atividade fundamental para o planejamento de grandes obras, a partir de um mapeamento preciso da área, suas dificuldades técnicas, possíveis obstáculos naturais, bem como, curvas de nível e elevações.
Essa técnica é utilizada em obras de infraestrutura como rodovias, represas, linhas de transmissão e gasodutos e até em concessões para mineradoras e mapeamento de áreas para construção de condomínios residenciais e empresariais.
As centenas de fotos tiradas por um avião ou um drone em um levantamento aerofotogramétrico são sobrepostas, permitindo a correção digital das imagens e a eliminação dos efeitos de perspectivas nas fotos, permitindo medições, assim como, vetorizações com valores exatos.