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Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha é comemorado com conscientização e serviços

A rotina de dezenas de mulheres moradoras dos bairros do Jurunas, Condor e Cremação foi quebrada na manhã desta segunda-feira, 25 de julho, atraídas por um evento que teve o objetivo de reforçar a luta das mulheres por seus direitos e ainda aproveitar para cuidar da beleza e da saúde, promovido pela Prefeitura de Belém para comemorar o Dia Internacional da Mulher Negra Latina e Caribenha, dentro da Programação do “Julho das Pretas”.

Realizada por meio da Coordenadora Antirracista de Belém (Coant), Coordenadoria da Mulher de Belém (Combel), e Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (Promaben), a programação aconteceu no estacionamento do Promaben, no bairro da Condor.

Muitas mulheres aproveitaram para dar um trato na imagem, como a diarista Janaína Naum, 39. “Eu estava precisando de um corte de cabelo, aproveitei que não fui trabalhar pra vir pra cá”, contou a diarista. Ela também gostou das palestras sobre direito das mulheres “que a gente não pode esquecer mesmo, a gente não tem que ficar calada, a gente tem que falar mesmo, lutar pelos nossos direitos ainda mais que hoje em dia tem mulher que é pai e mãe, tem tudo isso. Gostei muito”.

“O mês de julho é um mês de referência à luta antirracista. Então o Governo da nossa gente decidiu fazer esta ação de direitos, envolvendo as mulheres negras dos três bairros em que a gente tem intervenção, promovendo esta manhã de participação das mulheres. Elas discutiram temas voltados às mulheres e à luta antirracista. Nós encampamos essa luta”, afirmou a subcoordenadora Social do Promaben, Regina Penna.

Elza Fátima Rodrigues, coordenadora Antirracista de Belém, afirmou que a data “lembra também Tereza de Benguela, uma grande liderança quilombola que viveu no século XVIII, que liderou um grande quilombo na região do Mato Grosso. Portanto, essa data visa resgatar e reafirmar o papel de protagonismo da mulher negra no Brasil”.

Para a coordenadora da Mulher de Belém, Emanuelle Rayol, “é muito importante que a gente paute esse dia como um dia de luta, como um dia de reivindicação de direitos, como um dia em que a gente visibiliza, traz pro centro dos nossos olhares e dos nossos debates as mulheres pretas que que são as principais forças de trabalho em todos os campos. Além do peso do machismo incide sobre nós também o peso do racismo”.

A programação contou com a participação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) que ofertou testes rápidos de sífilis e HIV, exames preventivos de Câncer do Colo do Útero (PCCU), distribuição de preservativos e palestras sobre higiene bucal e distribuição de creme dental, escovas de dentes e fio dental.

A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) fez a inscrição de interessados no Sistema Nacional de Emprego (SINE) e o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Jurunas promoveu o cadastramento e regularização no CadÚnico.

Fátima Matos, representante do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), do Fórum de Mulheres e da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) que proferiu uma palestra sobre as Leis Antirracistas e o Enfrentamento ao Racismo, disse que é “importante esse envolvimento da comunidade e fundamentalmente as mulheres negras de todas as comunidades que, infelizmente ainda necessitam de se auto afirmar de se empoderar e buscar o seu bem-estar próprio”.

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