O presidente da Fundação Cultural do Município de Belém – Fumbel, historiador Michel Pinho, mais do que ministrar a palestra do Painel de Resgate das Origens de Belém, transformou o evento num passeio literal pela história da cidade.
Os participantes foram levados por ele a caminharem pelas ruas do bairro da Condor, na manhã desta sexta-feira, 28/05, nos arredores da Escola Rotary, onde foi realizado o evento promovido pela Prefeitura como parte do Programa de Educação Ambiental e Sanitária – PEAS, do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova – Promaben. O PEAS é executado pelo consórcio TPF/Synergia.
Um dos bairros de Belém inicialmente ocupado por ribeirinhos, a Condor ainda guarda a arquitetura popular característica de uma época em que as casas eram construídas como palafitas numa área que era alagada pelo Igarapé do Piri.
Entre outras curiosidades, Michel Pinho lembrou que, quando Belém ainda era uma cidadezinha perdida na Amazônia, de difícil acesso, no início da colonização, quem passava fome eram os portugueses. A cidade não tinha abastecimento regular de alimentos, enquanto os ribeirinhos que moravam nos arredores da cidade tinham fartura de peixes e frutas como o açaí que matava e continua matando a fome do povo até hoje.
Sobre a iniciativa da Prefeitura, Michel Pinho afirmou que “é importante a gente entender que o exercício público sobre o espaço deve contemplar as pessoas. Entender a sua identidade, entender a sua cultura, entender a sua cidade faz parte do exercício da cidadania. Sem esse processo a gente não consegue fazer com que essa cidade respire cultura”
Para o subcoordenador Ambiental do Promaben, Alex Ruffeil, o painel foi uma ação muito importante do PEAS. “Através dele nós fizemos o resgate histórico de como se desenvolveu a ocupação do município de Belém que está diretamente relacionada ao meio ambiente. E de como a gente pode conscientizar hoje as pessoas para ter meio ambiente melhor”.
Domingos Conceição, sociólogo, morador do Jurunas, afirmou que com a administração do Governo da nossa gente, “o Promaben ganha um outro sentido, outra visão, outra concepção de relação com a cidade, de desenvolvimento, de cultura e de infraestrutura, pra dar mais qualidade de vida ambiental para a população”.
Gorete Queiroz, da Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – Semma considerou a iniciativa “muito importante do Promaben porque a gente conhece de onde vem as nossas origens e podemos trabalhar pela melhoria da nossa Belém”.