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CANAL DE DESCARGA PASSA NO TESTE DAS ÁGUAS DE MARÇO

O Canal de Descarga Caripunas Beira-Mar, inaugurado em janeiro pela Prefeitura de Belém, passou pelo primeiro teste de funcionamento nesta terça-feira, 14, durante o temporal que caiu na cidade, coincidindo com as marés altas do mês de março, chamadas marés de sizígia, que causam inundações todos os anos na cidade. Mas, no bairro do Jurunas, nas áreas localizadas aos arredores do Canal de Descarga Caripunas Beira-Mar, houve uma redução substancial dos alagamentos.

Apesar de que o fim dos alagamentos na Bacia da Estrada Nova ainda vai depender de outras obras como um segundo canal de descarga, na Travessa Quintino Bocaiúva, e a Bacia de Detenção da Ilha Bela, na Cremação, que deverão ser iniciadas ainda este ano, o Canal de Descarga já apresentou efeitos positivos em áreas que anteriormente estavam permanentemente alagadas e agora estão até calçadas.

Moradora há 30 anos de uma área que vivia alagada e as pessoas se deslocavam por cima de estivas, a dona de casa Rieta Ferreira Pinho, 65, conta que a Rua dos Caripunas era um canal a céu aberto, “cheio de pontes, cheio de mato. Alagava tudo. A gente andava por cima da piçarra tudo cheio de lama”.

Mas, depois que o governo atual assumiu, o canal de descarga, uma obra que vinha se arrastando há anos, foi finalmente concluído e a vida voltou à normalidade na esquina da Bernardo Sayão com a Rua dos Caripunas, onde o tráfego ficou interrompido por dois anos. “Agora não, melhorou muito, depois que asfaltaram, fizeram aqui esse canal. Agora está 100%”, afirma dona Rieta Pinho.

Normal

“Não houve problema de enchente, no início da manhã. Não tive nenhuma notícia dessa. O Canal de Descarga estava trabalhando normalmente”, afirmou o subcoordenador de Engenharia do Promaben, Jammerson Leão. Segundo ele, a maré estava baixa no início da chuva, pela manhã, e as comportas do Canal ficaram abertas para facilitar o escoamento das águas.

Na avaliação do coordenador Geral do Promaben, Rodrigo Rodrigues, “o impacto da obra nos alagamentos se deu em alguns pontos crônicos de alagamentos da sub bacia 1, no bairro do Jurunas, que já não ocorreram”. Segundo ele, outros secaram mais rápido e outros “continuaram, persistiram”. Isso se deu porque, apesar do canal estar escoando bem a água e não estar cheio, a água das ruas não conseguia chegar no canal por ”problemas de obstrução e problemas na micro drenagem, problemas de manutenção e limpeza”, resumiu o coordenador Geral do Promaben.