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Prefeitura inicia demolição de imóveis na avenida Bernardo Sayão

A Prefeitura de Belém, por meio do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (Promaben), iniciou a demolição de 75 imóveis que serão retirados para a continuação das obras de duplicação da avenida Bernardo Sayão, no trecho de 600 metros entre a rua dos Mundurucus e a avenida Engenheiro Fernando Guilhon.

A duplicação da avenida Bernardo Sayão é um dos projetos prioritários do Governo Municipal para a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que ocorrerá em Belém em 2025.

Nesta segunda-feira, 11, foram demolidos dois dos nove imóveis previstos no trecho entre Mundurucus e Pariquis. Ainda  serão demolidos imóveis nos trechos entre Pariquis e Caripunas e entre Timbiras e Fernando Guilhon.

“A duplicação da Avenida Bernardo Sayão significa não apenas a revitalização de uma grande avenida, mas a execução de um projeto que traz dignidade e a garantia de efetiva cidadania para quem mora nos bairros da periferia”, destaca o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

O coordenador-geral do Promaben, Rodrigo Rodrigues, afirma que o trabalho de demolição é apenas “a ponta do iceberg”. Ele lembra que, para chegar a esse momento, foi preciso percorrer um longo caminho, passando por consultas públicas com a população, sobre a área de intervenção e os objetivos da obra, até o cadastramento socioambiental das famílias e a selagem dos imóveis. “Então muito trabalho técnico, muito trabalho administrativo, jurídico, trabalho social foi desenvolvido para que a gente chegasse até esse momento”.

Rodrigo Rodrigues lembra ainda que outras gestões tentaram realizar a obra de forma apressada, “mas infelizmente acabaram prejudicando a população com indenizações precárias, com famílias abandonadas em auxílio-moradia. Mas a gestão do prefeito Edmilson Rodrigues conseguiu reverter esse cenário e fazer um trabalho de qualidade, um trabalho transparente junto à população”.

A conclusão da obra de duplicação da avenida Bernardo Sayão ficou pendente desde o Promaben I, no período de 2006 a 2012. Somente agora, depois de muitas gestões terem mantido a obra parada, a atual administração, que assumiu em 2021, conseguiu em tempo recorde melhorar o projeto executivo e planejar a obra com eficiência para alcançar esse ponto das demolições desses imóveis. 

Cuidados

A equipe de demolição foi instruída para seguir todas as orientações técnicas de segurança para não causar risco nenhum para a comunidade que está tendo acompanhamentos social, ambiental e de segurança do trabalho. 

“É importante a gente acelerar o processo de desapropriação para que a obra seja entregue o quanto antes”, destaca o engenheiro Arthur Amaral. A estimativa é de que em dois ou três meses sejam demolidos todos os imóveis que estão dentro da linha off set de obra, entre Mundurucus e Fernando Guilhon.

Obras

As obras de duplicação da avenida Bernardo Sayão iniciaram pelo trecho entre Caripunas e Timbiras, onde não há imóveis para serem demolidos. Posteriormente será iniciado o trecho entre Mundurucus e Pariquis.

O investimento da Prefeitura é de mais de R$ 63 milhões, por meio do Promaben. As obras incluem micro e macrodrenagem, duplicação e urbanização da avenida Bernardo Sayão, no trecho entre rua dos Mundurucus e avenida Fernando Guilhon.

Trânsito

O trânsito não será interrompido na avenida Bernardo Sayão durante as obras de duplicação da via. A obra está sendo planejada para que a população não seja prejudicada, garante o coordenador-geral do Promaben, Rodrigo Rodrigues. 

Desratização

Antecedendo as demolições, a Prefeitura também está fazendo a desratização dos imóveis. Uma medida prevista nas políticas operacionais do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que financia as obras.

É um método sanitário de eficiência comprovada que é aplicado antes da demolição dos prédios, para que sejam eliminadas todas as pragas, entre elas ratos e baratas. Com esse método evita-se que essas pragas invadam os imóveis vizinhos conforme a demolição for avançando.

Texto:

Raimundo Sena